Refugio para traficantes em fuga, rota de distribuição de drogas para a Europa, provedor dos materiais químicos para a produção, base para a lavagem de dinheiro e mercado para o consumo. Em todos os aspectos do negócio do narcotráfico, o Brasil aumenta sua participação mais rapidamente do que as tentativas de combate ou fiscalização.
No Brasil, muitos narcotraficantes acharam um lugar ideal para suas operações. Exemplo disto foi Juan Carlos Ramirez Abadia que, antes de ser preso, ficou no anonimato durante dois anos, período em que abriu 16 empresas, dentre as quais, concessionárias, venda de computadores, piscicultura, blindagem de carros, adegas, etc.
A cocaína e a heroína colombianas que tem como destino a Europa passam pelo Brasil. Apenas o porto de Santos transporta por ano 75 milhões de toneladas, neste contexto, algumas dezenas de toneladas destas drogas são difíceis de encontrar como uma agulha num palheiro.
Bolívia, Peru e Colômbia não possuem as plantas necessárias para produzir os produtos químicos (éter e acetona, entre outros) utilizados no refinamento da base de cocaína. Já o Brasil possui uma indústria química enorme e, aqui, é muito fácil montar uma empresa de comercialização de diversos produtos químicos sem a menor fiscalização. Isto foi um fator decisivo para atrair a atenção dos narcotraficantes para fazer do Brasil um lugar de processamento e exportação da droga.
A droga consumida no Brasil não é a colombiana, muito pura e destinada a mercados com maior poder aquisitivo. Aqui se consome a maconha paraguaia e a cocaína oriunda da Bolívia. Estas drogas entram no país através de pequenos aviões e caminhões.
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